Você esta lendo

Contextos de Investigação

Em quais contextos os bebês e as crianças aprendem e investigam?

O cuidar e o educar são indissociáveis, portanto os bebês e as crianças aprendem, investigam e pesquisam em todas as situações cotidianas: cuidados pessoais, acolhimento, apoio ao desenvolvimento da autonomia, exploração do contexto da sala referência, do parque, do corredor, do refeitório, do pátio, das transições, do solário, da sala de arte ou ateliê, durante a entrada e a saída enfim em todos os momentos. Para mim o que faz sentido é a escola toda como um contexto de aprendizagem ou um contexto educativo, considerando contextos amplos e específicos que garantem os seis direitos de aprendizagem (conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se) e articulam os campos de experiência nutrindo as interações, a imaginação, a fantasia, a criatividade, as pesquisas, enfim…a subjetividade, a poética e as narrativas infantis.
 
É ainda no cotidiano que o currículo emergente se faz presente, onde a vida é conteúdo. A repetição de algumas situações gera previsibilidade, antecipação, intimidade e apropriação da vida cotidiana com abertura para o inusitado e o encantamento.
 
Quando penso em como qualificar minhas práticas e fazer uma curadoria potente, me oriento pelos princípios éticos, estéticos e políticos das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil para pensar os espaços, os materiais, os tempos e as relações.
 
Ainda existem muitos aspectos para pensar e aprofundar, mas acredito que não há uma regra única como: deve ser em pequenos grupos, deve ter mais de um contexto…isso vai depender da realidade de cada instituição. Dê seu melhor, dentro das suas possibilidades, estude, registre, reflita, troque, busque parcerias (mesmo que fora da instituição) construa seu percurso com as crianças.

A curiosidade atuando no processo de aprendizagem

Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizou uma série de experimentos para descobrir o que acontece no cérebro quando a curiosidade é despertada. Ao final, a pesquisa revelou dois importantes achados: a curiosidade prepara o cérebro para a aprendizagem e torna a aprendizagem subsequente mais gratificante. Ou seja, a curiosidade está intimamente ligada com o processo de aprendizagem das crianças, pois, além de preparar o cérebro, também pode tornar o aprendizado uma experiência mais prazerosa e efetiva.

Como aguçar a curiosidade das crianças?

Sabendo disso, não nos restam dúvidas da importância de aguçar ainda mais a curiosidade de nossos pequenos, não é? Como isso não precisa acontecer apenas na escola – pelo contrário, pode acontecer no dia a dia das crianças – reunimos aqui 4 maneiras de despertar a curiosidade do seu pequeno. Confira:

1. Brincadeiras ao ar livre

Enquanto brinca livremente a criança cria, organiza seu mundo, aprende coisas novas e memoriza o que já aprendeu, elabora e ressignifica experiências já vividas. Através do faz de conta, a criança pode se ver desempenhando vários papéis, brinca de ser… enquanto constrói quem ela é. Além disso, brincar pode ajudar a desenvolver habilidades psicomotoras e cognitivas, e ajudar na socialização das crianças. Saiba mais em: As crianças precisam aprender a brincar sem brinquedo também!

2. Contato com a arte

A arte é fundamental para que nos coloquemos no mundo enquanto sujeitos, expressando nossas subjetividades, habilidades e individualidades. Pensando nisso, não nos resta dúvidas quanto a importância da arte na infância. Afinal, é durante os primeiros anos de vida que os pequenos descobrem seu próprio modo de conhecer e ser, além de suas habilidades cognitivas individuais. Leia mais em: A Arte precisa estar presente na infância dos nossos filhos.

3. Cozinhando em família

Cozinhando com os pequenos, você desperta o gosto pela culinária, estimula uma alimentação mais saudável, ensina noções de química, responsabilidade, higiene, cuidado, autonomia e respeito ao próximo, e, de quebra, compartilha deliciosos e divertidos momentos! Além disso, a brincadeira de fazer comidinha é uma prática comum entre crianças de diferentes lugares, culturas e gerações, sendo um dos primeiros caminhos, pelos quais os pequenos entram no mundo da brincadeira simbólica. Leia mais sobre em: Brincar de comidinha: para além de uma brincadeira, um ato de amor e cuidado.

4. Perguntas e respostas

Desafios e jogos de perguntas e respostas para crianças são os preferidos dos pequenos que já estão em idade escolar, especialmente a partir dos 6 anos, quando noções de regras estão em pleno desenvolvimento. Além de ser um jogo super divertido – até mesmo para nós, adultos – ao se depararem com uma questão que lhes chamem mais a atenção, os pequenos podem buscar por si mesmos a ampliação destes conceitos pelos meios que tiverem acesso, seja pela internet, pelos livros, ou por meio de uma boa conversa.